Técnico aponta principais problemas de acessibilidade em Ituporanga(Foto:Assessoria de Imprensa/Erlon Carlos)
Acessibilidade/Ituporanga- O tema acessibilidade tem ganhado destaque em Ituporanga. Na sexta-feira, 04, antes da realização de uma palestra sobre o tema, técnicos e autoridades participaram de uma vivência com a finalidade de detectar os principais problemas de mobilidade urbana na Capital da Cebola.
A idéia foi sentir na pele as dificuldades que um cadeirante, por exemplo, passa no seu dia a dia ao circular pela ruas de Ituporanga ou mesmo ao tentar acessar órgãos públicos ou simplesmente fazer compras em uma loja ou supermercado, explicou o presidente da Câmara de Vereadores de Ituporanga, Leandro Heinzen (PT). A vivência foi programada e idealizada pela Câmara de Vereadores e contou com o acompanhamento do arquiteto e especialista em acessibilidade, Ricardo Mesquita.
Foi visitada a Prefeitura, o Fórum, a Câmara de Vereadores, o PROCON e constatado que em todos os setores existem problemas de acessibilidade. Na prefeitura, por exemplo, um cadeirante não consegue chegar ao gabinete do prefeito, por não existir elevador e nem rampa de acesso. “Sequer é possível entrar na prefeitura com uma cadeira de rodas, pois o único local disponível para isso está fechado”, alertou o arquiteto.
Na Câmara de Vereadores os problemas também são visíveis. Analisando o espaço, onde são realizadas as sessões ordinárias semanalmente, foi constato que seria impossível, por exemplo, que um cadeirante assumisse a presidência ou mesmo utilizasse a tribuna livre, já que também não existem rampas de acesso a esses locais. O presidente Leandro Heinzen prometeu corrigir esses problemas ainda este ano.
“Durante essa vivência pude ter uma noção do quanto precisamos melhorar e ainda avançar para podermos oferecer acessibilidade e com isso uma vida mais digna aos portadores de deficiência física ou mesmo as pessoas de mais idade", comentou Leandro Heinzen.
Já o arquiteto Ricardo Mesquita, apontou que muitos dos problemas podem ser resolvidos com poucos recursos. “Não há a necessidade de grandes investimentos. Com a parceria entre administração e a comunidade, muitas coisas poderiam ser melhoradas. Até uma campanha educativa poderia auxiliar em alguns pontos”, mencionou Mesquita.
Os problemas foram encontrados em todos os setores, desde órgãos públicos, escolas e também prédios privados. De acordo com o engenheiro na legislação atual já existem regras que dispõe sobre acessibilidade. “O Decreto 5296/04 discorre sobre o direito ao acesso aos bens e serviços existentes na sociedade como o Direito de Cidadania e Dever de Estado, na perspectiva da inclusão e desenvolvimento dessa política no seio dos direitos humanos, com caráter universal, integral, equânime e com participação da sociedade organizada”, finalizou Mesquita.
A questão de acessibilidade vai muito alem do uso da cadeira de rodas. Até mesmo uma mãe que transporta o filho em um carrinho de bebe vai encontrar as mesmas dificuldades. Pela análise feita foi possível observar que grande parte das calçadas tem aclives acima do recomendado, o que de acordo com os técnicos é compreensivo pela topografia da cidade.
A elaboração de um plano de acessibilidade poderia solucionar parte dos problemas. Já pensando nisso durante a audiência pública realizada em Ituporanga, a Câmara de Vereadores de Ituporanga e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea/SC) assinaram Acordo de Cooperação Técnica com o objetivo de editar uma cartilha de orientação sobre acessibilidade. Já a Câmara de Vereadores assumiu o compromisso de criar uma comissão permanente de acessibilidade.
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Assessoria de Imprensa/Erlon Carlos