O desaparecimento de Natiele Camargo Moreira, 15 anos, em Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina, terminou de forma trágica nesta semana.
A garota estava sumida desde 14 de janeiro deste ano. Seu corpo foi encontrado pela Polícia Civil na última quarta-feira, enterrado em um terreno na Vila Santa Catarina, depois de horas de buscas dos agentes e de equipes do Corpo de Bombeiros da cidade. Segundo a família, a adolescente saiu de casa na noite do dia 14 para encontrar uma prima e um primo, depois disso não foi mais vista.
Com a ajuda de uma testemunha, que inicialmente havia dado outra versão para o fato, os investigadores encontraram o local onde o corpo havia sido ocultado. Mesmo que o DNA ainda não tenha sido feito, a polícia já conseguiu identificar a garota por meio das roupas que ela usava. Além disso, na região próxima onde estava o corpo havia outros pertences da adolescente.
De acordo com o delegado Ronnie Esteves, responsável pela investigação, a polícia trabalha com a hipótese de homicídio. Um suspeito, de 27 anos, já foi identificado. Segundo a família, ele é o primo de Natiele que estava com ela na noite do dia 14. O rapaz está preso desde o começo do mês de fevereiro por tráfico de drogas em Chapecó, no Oeste do Estado.
O que os investigadores sabem até o momento é que a adolescente teria sido forçada pelo suspeito a usar cocaína na noite do crime. As outras circunstâncias da morte ainda estão em apuração, diz Esteves. O delegado não descarta pedir nas próximas horas a prisão preventiva do rapaz:
— Localizei hoje uma testemunha que viu ela junto com o primo e uma prima naquela noite. Vou ouvi-lo para depois decidir sobre o pedido de prisão preventiva do suspeito — explicou o delegado.
Esteves ainda pretende confirmar a coação do suspeito a Natiele para que ela usasse drogas e até desvendar se, por conta do consumo de cocaína, ela possa ter sido violentada pelo rapaz. A polícia não descarta ainda que outras pessoas tenham participado do crime. O envolvimento da prima que estava com eles naquela noite, de 17 anos, entretanto, está descartada.
— Queremos apurar se há outras pessoas envolvidas diante das circunstâncias em que o corpo foi encontrado, e até para saber se ela foi enterrada viva ou morta. Ela estava enterrada sob várias camadas de pedra, não existia cheiro. A gente supõe que fazer isso sozinho seria muito difícil — detalha o delegado.
Demais FM 104.7