Rio do Sul - Com o objetivo de não perder mais espaços para o reflorestamento de eucalipto e a soja, a maioria dos produtores de bovinos de corte da região esteve presente em um encontro regional.
O evento foi realizado nesta semana, no auditório da Pamplona Alimentos em Rio do Sul. Através de orientações é possível que o pecuarista estabeleça um planejamento de ações para melhorar o negócio e colocar a propriedade em um bom nível de sustentabilidade.
“O nosso objetivo foi organizar o evento para motivar e trazer novas informações para aquele que já produz. Conseguimos convidar três palestrantes que trouxeram temas muito importantes para quem produz bovino de corte. No próximo mês nós vamos conversar com mais produtores de outra região”, explicou o diretor de Suprimentos, Logística e Agropecuária da Pamplona, Osmar Peters.
O primeiro tema discutido foi o “Treinamento sobre manejo de Pastagens”. A apresentação feita pelo agrônomo Wagner Pires esclareceu detalhes sobre a importância do cuidado com a terra. De uma forma prática ele explicou a metodologia do “Quadrante WP” - adotada em todo Brasil.
Segundo ele, existem quatro fatores que levam a degradação de uma pastagem e desanimam os produtores de bovino de corte: plantas daninhas, fertilidade do solo, população de gramíneas e outras plantas. Ele criou uma estratégia de recuperação com quatro situações para a pastagem que são divididas em cores e números: verde 1, amarelo 2, amarelo 3 e vermelho 4.
Muitas vezes o pecuarista fica animado durante o período das chuvas com o pasto verde e abundante e acaba superlotando as pastagens acima da capacidade e quando entra no período da seca o resultado negativo é inevitável. É preciso fazer um planejamento de evolução do rebanho e das pastagens com o uso de uma série de estratégias como: deferimento, adubação e silagem.
“Hoje todos precisam intensificar o negócio, porém é preciso fazer isso de forma sustentável e sem degradar as pastagens. O número de produtores de bovino de corte vem diminuindo aqui na região e isso também não é bom para o Estado”, desatacou o gerente das granjas próprias da indústria de alimentos Pamplona, Leopoldo Alberto Zimmermann.
Muitas vezes o pecuarista comete o equívoco de iniciar as melhorias pelo lugar errado, ou seja, por onde ele gasta mais. É conveniente que ele inicie pelo ponto onde a pastagem esteja melhor e o custo seja menor. O que se deseja é usar o capital disponível para se viabilizar o máximo de área possível, mesmo que isso signifique deixar as áreas piores para mais tarde.
Outros dois temas também foram discutidos: “Reprodução de Bovinos” - ministrado pelo médico veterinário Normelio Alves Neto e “Programa de Confinamento”, com o também médico, Douglas Junior da Silva. A próxima reunião deverá ocorrer em São Miguel do Oeste, no dia 23 de outubro.
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CN Press - Assessoria de Comunicação