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Acusado de arrastar mulher recorre para evitar júri popular

Maristela saiu do hospital no dia 15 de julho, após 93 dias internada. (Foto: Douglas Márcio da Silva/RBS TV)


Publicado em: 19/07/2014 19:34:00 - Por Administrador
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Rio do Sul / Justiça - A defesa do motorista de 21 anos acusado de arrastar Maristela Stringhini por 800 metros entrou com recurso, nesta sexta-feira (18), para que ele não seja julgado em júri popular. A Vara Criminal da Comarca de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, publicou na terça (15) a determinação dessa forma de julgamento e ainda não há data marcada.

 

No dia 13 de abril, em Rio do Sul, Maristela foi arrastada por um carro dirigido por Júlio César Leandro, após acidente automotivo no Centro da cidade. Ela estava em uma moto com o noivo quando o veículo bateu e a mulher caiu. Os ferimentos causaram mutilações no tórax e queimaduras em várias partes do corpo. Na terça-feira (15), ela recebeu alta do hospital e continua o tratamento em casa.

 

O advogado do motorista confirmou o recurso. Juliano Andreso Paese, porém, afirmou que a família solicitou que não fossem repassadas informações sobre a argumentação da defesa. "A gente só vai se manifestar depois do posicionamento da Justiça", afirmou. De acordo com a Vara Criminal de Rio do Sul, o recurso ainda não havia sido analisado até 16h30 desta sexta.

 

Carro arrastou Maristela por 800 metros. (Foto: Reprodução/RBS TV)

 

Denúncia oficial

Segundo a denúncia oficial expedida pelo Ministério Público de Santa Catarina, na madrugada do dia 13 de abril, Julio Cesar Leandro estava sob influência de álcool quando dirigia pela Alameda Aristiliano Ramos, no Centro de Rio do Sul. Quando dobrou à esquerda na Rua São João, em alta velocidade, desviou subitamente da moto Honda onde estavam os noivos e acabou subindo na calçada. Wolni José Amorim foi tirar satisfações sobre o quase acidente.

 

Ofendido, o motorista do carro bateu na traseira da moto intencionalmente e os noivos caíram, segundo a Justiça. Leandro passou por cima de Maristela, o capacete da vítima ficou preso na parte inferior do veículo e este se desprendeu sozinho. Pelos gritos de socorro da vítima, um transeunte bateu no vidro de Julio para avisar da situação.

 

O motorista do carro deu a partida novamente e engatou a marcha-ré. Ele continuou o zigue-zague de ré pela rua. Por um desnível na pista, Maristela se despreendeu do carro. A denúncia oficial ainda indica que Júlio César estaria ingerindo bebida alcoólica desde às 22h30 do dia 12 de abril.

 

Versão do acusado

O motorista afirmou não saber que a mulher estava embaixo do veículo e, se soubesse, teria parado imediatamente, conforme depoimento prestado à Justiça no dia 17 de junho. Ao todo, 12 testemunhas – entre taxistas, pessoas que trabalhavam com o acusado e o noivo de Maristela – foram ouvidas na audiência sobre o caso.

 

O motorista acusado está detido no Presídio Regional de Rio do Sul. Ele chorou durante o depoimento, afirmou que não havia ingerido bebida alcoólica e negou que soubesse que a mulher estava embaixo do automóvel. Julio Cesar declarou que se sentiu ameaçado pelo motociclista e ficou apavorado, razão pela qual saiu em disparada com o carro.

 

 

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