A Justiça Federal de Londrina determinou o bloqueio de R$ 19,5 milhões das contas do Facebook, detentor do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp.
A decisão foi tomada com base em pedido da Polícia Federal de Londrina e faz parte do desdobramento da Operação Quijarro, que desbaratou uma quadrilha de tráfico internacional de cocaína.
De acordo com o delegado Elvis Secco, as multas de R$ 50 mil por dia são acumuladas dos últimos cinco meses, desde que a empresa se recusou a liberar dados de mensagens de celulares de investigados pela operação.
A resistência prejudicou o andamento das investigações. “Sem o acesso ao WhatsApp, não temos acesso às informações que os criminosos trocam. Sem falar que poderíamos ter apreendido muito mais drogas, apreendidos outros imóveis, e o mais importante, localizado outros grupos criminosos”.
Secco afirma que a decisão não pediu o bloqueio do serviço do WhatsApp no país, porque o objetivo não é prejudicar os usuários do aplicativo. “Não conseguimos, nem com ordem judicial, ter acesso às informações trocadas pela criminalidade.
É um absurdo. Uma empresa que trabalha no Brasil tem que cumprir a legislação nacional”, criticou. A Operação Quijarro desarticulou uma organização criminosa que trazia cocaína da Bolívia para distribuição no Brasil e exportação, via porto de Santos (SP) para a Espanha.
Um dos líderes da quadrilha, responsável pela logística da droga, tinha base em Londrina. Segundo a Polícia Federal, o esquema movimentava cerca de duas toneladas de cocaína por mês.
MN